Eu escutei todos os Poesias Acústicas

Há um tempo atrás eu estava navegando pela rede social X mais conhecida como twitter como eu sempre faço quando eu me deparei com uma frase nos assuntos mais comentados: Poesia Acústica 15. Eu me recusei a acreditar, não era possível que existiam mais poesias acústicas no mundo do que apóstolos de Jesus Cristo. Então eu achei que seria um post engraçado ouvir todas essas “poesias” pela primeira vez e dar a minha opinião sobre o que eu achei de todas elas, sim eu me odeio, não, ninguém está me ameaçando para eu fazer isso, eu só me odeio nesse nível mesmo. Então vamos lá.

Obs1: tem duas dessas que eu já tinha ouvido antes e ainda escuto as vezes quando eu tô bêbado pra gastar a onda, que são as poesias 3 e 4, mas eu vou tentar analisar elas como se tivesse ouvindo pela primeira vez.

Obs2: muitas vezes aqui eu vou escrever a frase “tal pessoa não combina com esse tipo de coisa” ou uma variação dessa frase para ilustrar quando algum artista basicamente não se encaixou na proposta de uma Cypher acústica mas eu não quero elaborar nas razões pela qual ele não encaixou pelo motivo de TEM QUINZE DESSAS PRA FALAR.

Então sem mais delongas vamos para onde tudo começou...


Poesia Acústica #1


Essa é basicamente a única poesia acústica que se parece realmente com uma música de verdade e não com uma cypher monstruosa que apenas está reunindo artistas aleatórios hypados naquele momento. Ela abre com o Choice que estava no seu modo Super Hip Hop e aqui ele prova que em 2017 ele poderia fazer basicamente qualquer coisa dentro do rap, fazendo um verso carismático e que casa bem com a vibe proposta ali. Depois temos a Juyé que faz a parte cantada que vai ser comum em todas essas cyphers mas a dela é muito boa e encaixa perfeitamente com a vibe que o Choice trouxe. E por fim temos o Jean Tassy que é um puta de um poeta e faz um verso naquela pegada reggae leve dele metendo um refrãozinho com a Juyé no final. E para encerrar temos até uns scratches do DJ. Se você não gosta de rap acústico essa música provavelmente não vai te fazer gostar mas se você curte com certeza essa é a que eu indico para você escutar, é leve, curta, e todos os artistas estão na mesma vibe ali, podia ter acabado aqui né.


Poesia Acústica #2 - O Retorno


Nos círculos de rap nacional parece ser um consenso de que essa é a melhor poesia acústica já feita, mas para mim as pessoas estão pensando apenas na parte do Delacruz com a Maria e o BK no final quando elas dizem isso. O Delacruz nasceu para fazer rap acústico, ele tem a voz e a sintonia certa para esse tipo de coisa e o verso dele nesse segundo poesia é o verso da carreira dele. A Maria então pega a vibe que ele traz e complementa harmonizando para ele e depois fazendo um verso cantado super gostosinho de ouvir. Porém depois a coisa vira uma bagunça, o Ducon vem depois e traz uma vibe que não tinha nada a ver com o que tinha sido trazido antes, e aí vem o Luiz Lins que não tem nada a ver com a vibe do Ducon. O Diomedes tenta fazer uma coisa romântica mas ele não combina com esse tipo de coisa. Por fim o BK vem pra salvar com um verso bem BK gangsta desapegado, fazendo referência ao verso dele no Poetas no Topo e mandando a clássica frase “ela apontou alguns dos meus defeitos, aaaaa bebê eu sou todo errado”, é com certeza um dos versos mais memoráveis de qualquer um desses. Apesar de ter sim versos bem fracos e uma vibe destoante na metade da música com o começo essa ainda é de longe uma das melhores poesia acústicas.


Poesia Acústica #3 - O Inimigo Agora é Outro


A introdução do Sant mandando um “salve a verdadeira música popular brasileira” é a melhor introdução ever. O Sant é o Sant que a gente gosta, ele tem uma alma de poeta do samba dos anos 50 e o verso dele é totalmente nessa pegada. Depois dele vem o Tiago Mac e eu vou dizer, a química entre o Sant e o Tiago Mac é a melhor de qualquer poesia acústica, o Sant fazendo os adlibs pras rimas do Tiago Mac e metendo um “logo um gangsta amoroso” no meio do verso dele é o mais perto que qualquer cypher dessas chegou da química que as cyphers gringas tem. A Maria está aqui harmonizando e ela é muito foda nisso. O Lord do ADL parece o tipo que não encaixaria nesse tipo de formato mas ele surpreende mandando um verso bem maneiro. E por fim o Choice está sendo o Choice de 2017, eu ainda vou escrever um artigo sobre como essa fase dele é uma das melhores coisas que aconteceu no rap nacional nos últimos anos. De todas essas poesias acústicas que tem um monte de gente essa deve ser a mais equilibrada, eu não desgostei de ninguém aqui e agora eu entendo porque eu gosto de escutar ela bêbado.


Poesia Acústica #4 - + Poesia + Acústica


Esse aqui é engraçado porque tudo que eu lembro das vezes que eu escutei essa bêbado é do verso do Djonga e do verso do Froid, mas prestando atenção ela é tão bagunçada quanto todas as outras. Pra começar tem o Bob aqui abrindo e eu não lembrava da existência desse verso dele mesmo sendo o que abre a música e isso mostra o quanto ele é esquecível. O MV Bill está aqui e é engraçado porque o verso dele é sério demais pra esse tipo de música, ele literalmente abre com “liberto como Django Livre, a revolta da chibata mas favela vive”, é um puta verso, só não é um verso que funciona pra um poesia acústica. O verso do Froid realmente é ótimo para se ouvir bêbado porque eu não tenho a menor ideia do que ele tá falando aqui, é um monte de assuntos desconexos. O Djonga é a grande estrela da coisa toda aqui porque ele combina muito com essa vibe leve com versos engraçados e frases marcantes, não só é talvez o melhor verso de todos os poesias acústicas como é um dos versos mais memoráveis da carreira dele. As pessoas parecem gostar muito da Azzy nesse poesia por causa do início com ela harmonizando fazendo “laia laia laia laia” e essa parte é bem legal mesmo, mas o resto do verso dela é completamente esquecível, eu mesmo não lembro mais enquanto tô escrevendo isso. E por fim o Delacruz fecha com outro verso legal mas nem remotamente tão icônico quanto o do Poesia 2. Eu lembrava disso ser mais maneiro mas ainda é escutavel vai.


Poesia Acústica #5 - O Capítulo Final


ESSA MERDA AQUI TEM 12 MINUTOS, e é daí pra pior. O Chris tem um verso carismático, o Don L está aqui e ele não combina com esse esse formato de musica, ele tá tentando mas só parece estranho ver um cara tão sério falando putaria. Todo mundo é o mais genérico com o flow cantado mais básico possível. No final a Maria fecha bem fazendo um verso legal sobre separação com o refraozinho “me separei, segui o baile” que é bem chiclete e é o que ficou na minha cabeça. Eu odiei tudo nesse poesia tirando o Chris e a Maria. E o pior de tudo é que eu lembro da cena da Maria pegando no rosto do Chris viralizando no twitter e eu achei que aquela era sei lá a poesia 10, mas não, isso aconteceu ainda na cinco, então vai saber o que vem pela frente.


Poesia Acústica #6 - Jason Vai Para o Inferno


Esse abre com um verso muito foda do MC Cabelinho, da pra ver quanto o MC ainda não é tão conhecido e ele quer mostrar que pode fazer um verso hit e é essa a sensação aqui. Aí vem o Orochi que é o Drake brasileiro no sentido em que é sempre o mesmo flow, sempre os mesmos assuntos, sempre a mesma porra com ele. O Bob está aqui e ainda está esquecível. Não é ser hater mas a Azzy é a mulher mais fraca até agora de todos esses acústicos, os versos dela são muito fracos. Eu não gosto do Filipe Ret e eu não entendo nada que ele tá cantando aqui. Mas a grande estrela aqui é o Dudu que com 15 anos está fazendo um verso realmente interessante com referências e analogias bem maneiras, inclusive é engraçado que todo mundo tem um copo de cerveja no clipe menos ele por ser menor de idade mas no verso ele tá falando um monte de putaria sobre sexo. E por fim fecha com o Xamã, e ele manja demais desse tipo de coisa, ele traz a coisa dele com frases engraçadas e que ficam na cabeça como “ow governador vê se abaixa o preço da passagem”, ele nessa época antes de ficar 100% pop conseguia fazer tudo. Essa foi maneirinho até, várias partes ruins mas as boas valem a pena.


Poesia Acústica #7 - O Retorno de Jafar


Essa abre com o Hariel e ele não combina com esse tipo de coisa, completamente fora do elemento dele, o que é uma pena porque eu gosto das músicas do Hariel, ele tem uma voz muito boa, mas aqui não foi mesmo. A lenda Negra Li está aqui é sempre bom ouvir a voz da dela. O Chris é carismático mas com um verso normal. Matuê fez um verso decente até quem diria. O DK não combina com esse tipo de coisa. E por fim o Vitão está aqui... é... não vou falar nada. Odiei, genérico pra caralho.


Poesia Acústica #8 - Tempos de Violência


O Cesar parece do tipo que não combinaria com tipo de coisa mas ele faz um bom trabalho até, ainda mais abrindo esse poesia, quem diria. Não conhecia a Elana e ela fez um verso bem decente até, linhas bem memoráveis. O Kayuá por algum motivo tá sem metade da sobrancelha no clipe e isso é a coisa mais memorável sobre ele em todos os poesias que ele participou. Eu já não gosto das músicas românticas solos do Projota mas aqui ele é intankavel, ele fica falando de signos como se tivesse 16 anos e fazendo referências ao verso do Tiago Mac no Poesia 3, talvez ele pensou que se ele fizesse a gente lembrar de um verso bom ele conseguiria esconder o fato que esse dele é terrível. A Cynthia Luz e o Froid tao aqui e normalmente eu curto essa vibe de casalzinho deles nas músicas que eles fazem juntos mas aqui não funciona por algum motivo, não curti nenhum dos dois. O MV Bill pareceu finalmente entender a proposta e mandou realmente bem, fazendo um verso romântico, quem diria. Legalzinha essa até.


Poesia Acústica #9 - Contra o Satânico Dr. No


Essa é a primeira que foi feita na pandemia, a galera cita a quarentena e estão de máscara antes de cantar. L7nnon abre com um verso bom. Aqui eu já to começando a pensar que o Chris simplesmente leva todas as aparições dele no puro carisma porque todo verso dele é a exata mesma coisa. O Xamã ainda em 2020 consegue ser o Xamã da sua fase de ouro, com citações e aleatoriedade que funcionam no verso dele. Lourena verso ok, não entendi o funk no final da parte dela mas tudo bem. Cesar faz referência a pandemia, verso bom mas preferi o outro. E pra fechar vem o MVP dos poesias que é o Djonga. Ele faz referências a Grande família, Rei Leão, Gabigol em 2019, a treta dele com o Felipe Escudeiro que é uma daquelas coisas que aconteceu na pandemia e ninguém mais se lembra. Normalmente eu reclamo quando em uma Cypher uma pessoa tem um verso muito maior em tempo do que o resto mas aqui o Djonga merece porque ele sabe matar essa bola no peito e chutar no ângulo, sempre que parece que a parte dele vai acabar ele vem com algo ainda mais inusitado no verso. Na verdade eu estava prestes a escrever aqui que essa deve ser a poesia acústica mais equilibrada porque até quem não teve um verso sensacional foi pelo menos dentro da média mas aí veio o Filipe Ret e estragou tudo com um verso de Felipe Ret. Enfim, escutem o verso do Djonga que é muito bom.


Poesia Acústica #10 - A Vingança dos Derrotados


Aqui o Cabelinho já tava famoso então ele não ligava mais, o verso dele é super ultra genérico. O Orochi também tá aqui, e é tudo que eu vou comentar sobre a participação dele. Cara eu curto o Jaya Luuck das batalhas de rima quando ele tinha aquele flow daora de trap, mas aqui tem tanto autotune na voz dele que nem parece ele, parece que eu poderia gravar a parte dele e não faria nenhuma diferença. O verso do PK parece algo que faria muito sucesso em 2016, eu digo isso porque ele continua fazendo música do mesmo jeito daquela época. O Delacruz volta e ele é meio que um cheat code do poesia acústica, como eu falei antes a voz dele combina muito com esse tipo de coisa, mas aqui é o verso mais fraco dele. Nem o verso do BK foi bom aqui, parece um verso genérico de um rapper que paga de putão. E por fim vem a Ludmilla, e toda essa merda que veio antes parece uma preparação pra ela mostrar realmente como se faz um verso bom. Ela tem uma personalidade do caralho na parte dela, faz referência as músicas antigas dela, arrasa nos vocais, é o que salva alguma coisa dessa abominação. Escutem só a parte da Ludmilla e pulem o resto.


Poesia Acústica #11 - Pânico no Zoológico


A única diferença agora é que são 3 mulheres nessa Cypher porque de resto é tudo a mesma coisa. O Chris tá aqui e nem o carisma dele funciona mais, é o mesmo verso que ele tá fazendo a 5 anos. A Lourena é ok mas já foi bem melhor. O Xamã fez a transição completa pro pop e não consegue nem fazer as referências engraçadas que ele fazia antes. A Azzy é a mesma coisa de sempre. Eu não escuto MC Poze do Rodo mas eu imagino que as músicas dele não sejam assim porque ele não combinou nada com a vibe desse tipo de projeto. E a Cynthia Luz fez um verso bacana fazendo o que eu esperava que ela fizesse naquele poesia que ela tava com o Froid, a melhor de longe dessa edição horrível.


Poesia Acústica #12 - Guerreiros dos Sonhos


Esse aqui vale a pena comentar sobre o clipe porque a abertura parece de natal, o cenário todo parece uma festa junina e o vídeo foi postado em fevereiro. Começa com o Filipe Ret, e ele faz o que ele faz, versos ruins. A música tem uma parte de pagode que simplesmente não funciona porque antes a batida era de funk, então junto com versos que não falam da mesma coisa nem a música parece ter a mesma vibe. A Bin é a mina que precisa ter nesses cyphers, e ela é genérica. Marina Sena eu não sei se a voz dela é assim mesmo mas parece que ela tá forçando uma voz de bebê que ficou tão ruim que eu comecei a dar risada em voz alta assistindo, parabéns Azzy alguém tomou o seu lugar como a pior mulher disso aqui. Não conhecia esse Luiz Lins que encerra mas ele foi o único que me chamou a atenção, achei o sotaque dele bem maneiro e combinou com a batida o flow que ele fez. Enfim a mesma merda de sempre.


Poesia Acústica #13 - Acaba Pelo Amor de Deus


Esse começa com uma skit entre o Cabelinho e o TZ em que os dois estão apaixonados por uma mulher e cada um vai cantar o que sente para ela, e eu achei que ia ser aquela clássica situação em que ia ser a mesma mulher no final, mas não, essa skit não leva a nada na música. Enfim eles dois trocam uns versos juntos que fica bem legal na verdade, é a melhor parte de longe, a essa altura eu tô aceitando qualquer coisa que seja minimamente criativa. Tudo que eu já ouvi do Oruam é ruim e essa participação dele aqui não me convenceu do contrário, a voz dele é muito bizarra, parece que ele é o Playboy Carti que deu errado. Chefin faz a parte do “me privando de tudo, se escondendo do mundo” daquela trend do tiktok, eu não tinha a mínima ideia de que isso era de um poesia acústica, parabéns pra ele porque pelo menos fez uma linha que hitou, e o resto do verso é bem decente na verdade. O Chris e o Xamã tão aqui de novo e é a mesma coisa das ultimas aparições. No clipe todos eles tão paquerando uma loira que é nada mais nada menos quea LUIZA SONZA, é claro que ela tá aqui, eu preciso dizer que é ruim??? Ah é nem todo mundo que tá lendo isso sabe do meu ódio pela Luiza Sonza, é muito ruim, o verso dela tem o carisma de uma porta. Eu ia dizer que esse foi o melhor entre os últimos quatro (?) porque pelo menos teve uns versos memoráveis, mas aí veio a Luiza Sonza no final, então esse é o pior de todos. Depois desse eu tive que ver o Edit do Chico Moedas ao som de "Aquariano Nato" para me acalmar um pouco.


Poesia Acústica #14 - Eu nem tenho mais piadas não é possível que fizeram quatorze desses puta que pariu...


Eu não curto muito o Cesar nesse estilo trap melódico, não fui muito fã do último álbum dele que teve uma pegada dessas, e o verso dele é aqui assim, e porra, não. Eu gosto de algumas músicas do Ryan mas ele não funcionou em nenhum desses poesias acústicas. A Lourena tá aqui como cheat code porque ela realmente canta bem e tal mas o refrão que ela manda não funciona porque ela também manda uma voz de bebê que é muito ruim. Major RD faz sua estreia aqui e ele tenta adequar o flow dele pra esse estilo mas adivinha: ele não funciona pra esse tipo de coisa. O Djonga retorna aqui e nem ele parece estar tentando mais, não é um verso ruim mas pra mim o que sempre vendeu esses versos de putaria era a entrega do Djonga que realmente encarnava o personagem de safadão, e aqui ele parece mais entediado que qualquer coisa. A estrela de fora da Pinneaple que eles chamaram pra fechar dessa vez foi a Gloria Groove, e ela tenta mas eu acho que a voz dela não funciona pra esse beat específico, o timbre vocal dela é dramático demais, não combina com esse trap melódico, a letra dela também é qualquer coisa. De todas as poesias acústicas essa com certeza foi mais uma.


Poesia Acústica #15 - O Último Círculo do Inferno


E chegamos a última, lançada na véspera de natal de 2023 e eu estou aqui ouvindo na estreia ao meio dia. Começa com o MC Poze e a minha opinião sobre ele não funcionar nesse tipo de projeto continua. O Luiz Lins é pra ser o novo Delacruz, o cara dos vocais e tal, eu gostei da primeira participação dele em algum desses aí, mas nesse eu achei uma chatice. Eu adoro o Hariel mas ele realmente não funciona nesse tipo de coisa. Caralho o que aconteceu com a Azzy??? Tá com um rosto completamente diferente, eu literalmente tive que ir na descrição pra confirmar que era ela, é mesma coisa de sempre a parte dela. O Jaya Luuck dublou um robô de inteligência artificial cantando a parte dele achei bem moderno. Depois dele vem o Oruam com a voz do Oruam mesmo, horrível, tenebroso, qual que é a fita com esse tal de Oruam??? Por que ele é famoso??? Não é possível que alguém goste disso que ele faz. Aí vem a tal da Slipmani, eu vi no twitter todo mundo falando que o verso dela tava ruim e eu fui esperando o pior, mas parabéns era ainda pior do que eu esperava, ela e o Cabelinho são um casal aparentemente e o verso dela ao que parece é uma diss pra sei lá quem, não me dei ao trabalho de pesquisar a história toda por trás, ela parece completamente fora do beat, parece que ela não decidiu se queria fazer um verso melódico ou um verso normal de rap aí ela tentou fazer os dois, acho que é o pior verso de todos esses aí. Termina com o Chefin, ele manda relativamente bem, não conheço muito dele mas parece a vibe dele esse tipo de música. Enfim, é isso aí, depois disso aí só bebendo mesmo para essa véspera de Natal ficar boa.


Por fim se você gosta de rap acústico pra ouvir em churrasco ou em qualquer situação eu indico a primeira poesia acústica porque é uma música de verdade com uma estrutura de uma música de verdade e o tempo de uma música de verdade. Se você gosta mesmo desse estilo eu também indico a 2,3, e 4 que apesar de ter uns defeitos ainda são boas de ouvir por inteiro. Agora as que eu não indico são todas as outras, sim tem umas trufas aqui e ali como o verso do Dudu, ou o verso do Djonga no 9, ou a Ludmilla em algum desses aí, mas se for para ouvir escute apenas a parte deles não escute nenhuma dessas inteiras por favor, ao invés disso vá ouvir Racionais ou a nova do Xamuel.

Conclusão: Poesia acústica é ruim, mas isso é porque não é feito para ser bom, é feito para ser um produto e vender o máximo possível no menor período possível de tempo, é por isso que raramente eles pegam alguém que está voando dentro do rap e é uma grande promessa no gênero e sim pegam sempre os mesmos nomes de novo e de novo para que os fãs já estabelecidos desse artistas cliquem na faixa e eles façam o máximo de streams em todos os aplicativos, e sempre funciona. Uma grande prova é que quando foi anunciada o Poesia 15 todo mundo no twitter criticou que já tava saturado, que tava na hora de acabar, e o clipe oficial já tem mais de 20 milhões de views em um mês de lançamento, claro que ninguém mais lembra que essa música existiu assim como todas as outras, mas pro propósito dela que é fazer dinheiro ela funcionou como sempre funciona. Então a conclusão é que o projeto Poesia Acústica tá bem longe de acabar, enquanto tiver dando views isso vai até o 50 com o Xamã, o Chris, a Maria e todos os outros fazendo a mesma coisa de novo e de novo até o fim dos tempos para um público adolescente que vai dizer que esse ou aquele é o melhor verso quando tudo no fim é a mesma coisa.

E essa foi a minha jornada rumo a perder a sanidade mental completamente, eu nunca mais vou falar de nada disso de novo mesmo que tenha mais 15 desses. E no próximo post a gente vai falar de música boa para variar um pouco, até lá 

Comentários