Red Hot Chili Peppers: Do Pior ao Melhor


Red Hot Chili Peppers, os reis do funk rock californiano tem uma discografia que consiste em 11 álbuns de estúdio, 7 álbuns de compilação, 2 álbuns ao vivo, 1 EP, inúmeros integrantes, e dezenas de estilos diferentes visitados, sendo uma das bandas mais interessantes do rock por causa disso. Então hoje eu trago para vocês o meu ranking do pior até o melhor dos 11 álbuns de estúdio das pimentas vermelhas de chili quente.

Décimo Primeiro Lugar - The Red Hot Chili Peppers


O primeiro álbum lançado pela banda em 1985 parece com qualquer álbum de banda alternativa dos anos 80 que você já ouviu, que era exatamente o que a banda era naquela época. O disco não parece em nada com o que o Red Hot iria se tornar no futuro, não tendo nenhuma das características clássicas da banda, o álbum tem pouca energia, quase nenhum funk rock, e parece tentar demais ser "radio friendly", e na verdade isso foi de propósito. O produtor do álbum Andy Gill pediu para eles fazerem um som mais polido que pudesse alcançar mais públicos ao invés do underground que eles já estavam acostumados a fazer, para piorar o guitarrista e o baterista da formação original naquela época preferiram ficar em outra banda que eles estavam chamada "What Is This?" e assim não gravaram o álbum, sendo substituídos por outras duas pessoas que obviamente não tiveram a mesma química com o Anthony e Flea como os outros tinham, ou seja, foi um álbum feito para dar errado. Ainda assim tem umas boas músicas nele, o single do álbum "True Man Don't Kill Coyotes" é bem maneira e é meio que um clássico cult hoje em dia, "Get Up And Jump" traz um pouco do ânimo que a banda tinha nos shows, e "Out In LA" também é uma música com o baixo naquele estilo clássico que conhecemos da banda. Ainda assim esse é o álbum que menos se parece com um álbum do Red Hot Chili Peppers e por isso abre a lista como o pior.


Décimo Lugar - I'm With You


O que não é tão ruim mas é perto de um álbum do Red Hot que não parece um álbum do Red Hot??? um álbum do Red Hot que parece um cover de um álbum do Red Hot, e essa é a minha impressão com o penúltimo álbum que a banda lançou em 2011. Em 2008 o Frusciante saiu pela segunda vez da banda, dessa vez não por causa de droga, mas porque ele queria focar em outros projetos, e assim ele foi substituído pelo Josh Klinghoffer, que nesse álbum não parece conseguir se adaptar bem ao estilo da banda, e assim tem uma performance completamente apagada no projeto. O resto da banda também não parece estar no seu melhor aqui, a maioria das faixas parecem fillers de outros álbuns e tem pouca coisa nova ou criativa saindo desse disco. O pior é que dava para ver que o conjunto tinha umas boas ideias ali, como nas músicas "Monarchy Of Roses" e "Even You, Brutus?" que são duas das faixas mais diferentes que a banda já fez, e os dois pontos altos do álbum para mim. Mas ao invés de ir para esse lado mais experimental eles foram para o lado pop alternativo deles, e assim fizeram esse álbum com pouca coisa memorável que fica aqui como o penúltimo lugar na discografia deles.


Nono Lugar - Freaky Styley


Freaky Styley foi lançado um ano após o álbum de estreia da banda, e nesse meio tempo Anthony demitiu o guitarrista do primeiro álbum, trouxe de volta o membro fundador Slovak que tinha se cansado do "What Is This?", e para produzir esse álbum eles escolheram a lenda do Funk Psicodélico George Clinton que combinava bem mais com o estilo deles, e nesse álbum você consegue ver a clara evolução deles para o que viria ser o som característico do Red Hot. O disco tem uma pegada bem mais funk rock que o seu antecessor e dá para ver que a banda estava bem mais a vontade, sendo esse o primeiro álbum em que temos o Anthony com aquele vocal mais despojadão dele, com algumas ideias bem interessantes nas músicas, e algumas bem... estranhas. A sonoridade deles cresce muito aqui indo de um funk rock que quase vira um Funk direto, passando pelo rock psicodélico, e até um Punk Rock na polêmica "Catholic Girls School Rule" (quanto menos falarmos disso melhor). Os grandes destaques do álbum para mim é "Jungleman" que é a definição que o Anthony tem do Flea, "Hollywood (Africa)" que é provavelmente o grande "hit" do álbum, "Brothers Cup", e "Yertle The Turtle". A banda ainda não tinha aquela mistura de estilos e nem estava tão madura no próprio funk rock, mas ainda assim é um bom trabalho deles que ajudou na evolução do som que eles almejavam.


Oitavo Lugar - The Uplift Mofo Party Plan


Apesar do Freaky Styley ter uns elogios aqui e ali ele não teve um desempenho comercial tão alto, então mais uma vez a banda buscou mudar, o baterista fundador retornou, e eles recrutaram outro produtor que incentivou eles a serem mais experimentais com o som deles, e de um monte de drogas saiu o The Uplift Mofo Party Plan em 1987. O álbum pode ser descrito como "funk rock encontra o hard rock", é de longe o álbum mais pesado da banda em sonoridades, com uma bateria forte, e solos de guitarras que antes não eram tão o foco assim deles, e apesar do Anthony estar na época mais drogadona dele o vocalista se adaptou muito bem a esse novo estilo da banda, fazendo uma performance vocal diferente do seu estilo habitual, mas muito boa. Além do hard rock com funk que está por todo o álbum, o grupo também usa elementos de rock psicodélico em "Funk Crime", "No Chump Love Sucker" chega a ser quase um Thrash Metal, e "Behind The Sun" é a primeira tentativa do grupo de fazer um som mais melódico, que depois se tornaria uma das suas melhores qualidades. Mas acho que o grande ponto positivo nesse álbum é o tom good vibes dele, todas as música falam sobre amizade e a vida em Los Angeles, muito disso se deve a ser o único álbum com os quatro membros fundadores da banda, e disso tudo saiu um dos grandes clássicos do grupo: "Me And My Friends". Alguns colocariam esse álbum mais acima no ranking, eu particularmente acho que é um disco com muitas ideias, algumas funcionam, algumas nem tanto, mas o resultado geral dele é positivo.


Sétimo Lugar - The Getaway


Se passaram quatro anos desde o lançamento de I'm With You até o Red Hot aparecer com alguma coisa nova, e essa coisa nova foi o The Getaway, que na minha opinião é uma evolução gigante não apenas da banda, trazendo seu som para a modernidade, mas principalmente do guitarrista Josh Klinghoffer. Aqui você consegue ver o estilo do Josh finalmente aparecendo, e melhor ainda, combinando com o resto da banda, ele não esta tentando fazer uma imitação do Frusciante, ele esta mostrando sua própria marca na guitarra, assim guiando a banda indiretamente para uma região diferente. Também é impressionante que uma banda com mais de 30 anos de existência ainda consiga fazer hits memoráveis a essa altura, e esse álbum tem isso, "Dark Necessisties, "Go Robot" e "Goodbye Angels" são todas músicas que tocam nos shows atuais e você não vê ninguém falando "para com essa merda e toca as músicas antigas", pelo contrário, as pessoas cantam junto, porque são músicas marcantes, que ficam na cabeça, e para mim esse é o grande mérito desse álbum. As escolhas desse disco também são um ponto positivo, eu nunca imaginei que veria o Elton John tocando piano em uma música do Red Hot, mas lá estava ele em "Sick Love", além disso os acordes, os solos, os riffs de baixo do Flea, todos parecem combinar perfeitamente nas melhores músicas do álbum, como na faixa título que abre o disco. Ainda tem músicas que parecem fillers de outros álbuns??? sim, mas elas não são a maioria como no "álbum da mosca", aqui o Red Hot mostrou que ainda tem muito para mostrar.


Sexto Lugar - By The Way


Lançado em 2002 o By The Way é talvez o álbum mais comercial que a banda já fez, ao ponto de muitos acharem o melhor da banda, justamente por eles apostarem mais no rock alternativo do que no funk rock clássico deles, eu acho que isso acaba sendo um ponto positivo e negativo ao mesmo tempo para a banda. Aqui o Frusciante tomou a direção e escreveu a maioria dos arranjos e melodias do álbum, o que acabou deixando os outros músicos com pouco espaço para aparecer, sendo quase um álbum só dele, isso é um ponto negativo. Por outro lado o álbum contém alguma das melhores e mais reconhecidas músicas da banda, sendo um sucesso de vendas, e apesar de não ter tanto Funk o disco tem todas as marcas de um álbum do Red Hot, e diferente do primeiro álbum lá, você não esquece em momento nenhum que está ouvindo Red Hot Chili Peppers enquanto esta escutando o By The Way, isso é um ponto positivo. No fim eu acho que é um álbum que acabou se aprofundando demais na melodia e no lado alternativo, fazendo assim algumas músicas que só podem ser classificadas como "chatas", e por isso para mim ele fica um pouco abaixo para ser considerado um clássico da banda. Porém as músicas em que a banda acerta, puta que pariu, que músicas, o que dizer da faixa título que já abre o disco com toda aquela energia te botando pra cima, ou a romântica "Universally Speaking", "The Zypher Song" que tem um dos riffs e refrões mais memoráveis que a banda já fez, e claro, "Can't Stop", o momento mais Funk Rock desse álbum, e minha música favorita que a banda já fez, não só pelos versos rimados do Anthony, ou por todo o build up no começo, mas toda a mensagem da música é linda, até hoje eu tenho ela inteira decorada. Para quem curte o lado mais Rock Alternativo do Red Hot com certeza esse é o álbum perfeito, para mim eles tiveram trabalhos melhores, o que não tira os méritos desse ser um grande disco deles. 


Quinto Lugar - Stadium Arcadium


Após o sucesso do By The Way, a banda estava no seu melhor entrosamento e mais confiante do que nunca, foi por isso que em 2006 eles resolveram lançar um álbum duplo... e o álbum tem todos os problemas que 99% dos álbuns duplos tem. Mas vamos as coisas boas primeiro, a dinâmica da banda aqui esta bem melhor, você consegue ver o toque de cada um deles nas músicas, o disco também é bem mais energético que o By The Way e tem mais funk rock nele, mas também bastante rock alternativo e até um pé no hard rock. É engraçado que embora no álbum antecessor desse o Frusciante teve mais controle criativo sobre a banda, é especialmente nesse disco duplo que ele brilha mais, o projeto inteiro é quase um "John Frusciante show", pelo menos em umas 10 músicas ele tira um solo maluco outta nowhere no meio das músicas, e eu não to reclamando, é sensacional sempre que ele faz isso, e é um dos grandes pontos altos do álbum. Ele já mostra isso na primeira música, a incrível "Dani California", fazendo um solo inspirado em Jimi Hendrix que para muitos é o seu melhor na carreira. De todo esse entrosamento da banda saiu algumas das melhores músicas que o grupo já fez, a já citada "Dani California" que abre o primeiro disco, para em seguida ser acompanhada por outro clássico: "Snow (Hey Oh)", depois "Charlie" que se tornou uma fan favorite através dos anos, e em seguida a faixa título que é outro clássico, além dessas temos "Hump de Bump",  "Torture Me", "Strip My Mind", "Hard To Concentrate", e "She Looks To Me", tudo nesse projeto. O grande problema com esse disco duplo é ele ser duplo, são 28 músicas, 2 fucking horas de conteúdo, nenhuma banda no mundo, não importa o quanto ela seja boa, conseguiria manter o interesse do público por tanto tempo em um álbum, e por isso muitas músicas são bem fillers e não tem nada de especial. Se a banda tivesse pegado as melhores músicas e juntando em um álbum só de 14 músicas, com certeza bateria de frente com os melhores projetos da banda como o seu melhor álbum, mas como isso não aconteceu eles ficam aqui com a quinta colocação. Sério, porque as pessoas ainda fazem álbuns duplos???.


Quarto Lugar - One Hot Minute


Eu lhes apresento o álbum mais underrated da história do rock, lançado em 1994, One Hot Minute. Em 1992 o John Frusciante saiu da banda por ser um drogado do caralho, sendo substituído por Dave Navarro em 1993, Anthony que não conseguia escrever na época sem a parceria com o Frusciante voltou para as drogas depois de muito tempo sóbrio, e com letras pesadas e as vezes engraçadas sobre a sua volta as drogas, e os seus sentimentos sobre si mesmo, nasceu esse projeto. O disco demorou mais de 1 ano para ser gravado, e logo que foi lançado foi odiado por quase todo mundo, porque aquele não era o Red Hot do Sex Magik, não era o Red Hot animado e divertido, não era o Red Hot do Frusciante, e no meio de tudo isso ninguém percebeu que esse álbum é sensacional. É sem dúvida o álbum mais dark da banda, combinando muito bem com o clima deles na época, o Dave Navarro que era o guitarrista do "Jane's Addiction", e que não tocava funk rock, trouxe todo o rock psicodélico que ele era conhecido por fazer e deu um tom bem mais sombrio para as músicas que precisavam desse toque, contrastando perfeitamente com o baixo animado do Flea, com a banda até pegando carona no grunge em algumas músicas. As letras do Anthony falam sobre o seu vicio, a perda dos seus amigos, reflexões sobre si mesmo, e até uma homenagem ao falecido Kurt Cobain, que era seu amigo intimo, ele faz na maravilhosa "Tearjaker". O álbum até tem momentos de comédia como em "Warped" e "Pea" mas é mais um humor auto depreciativo do que o humor que a banda é conhecido por fazer. One Hot Minute é a coisa mais experimental que a banda fez, e para mim foi um grande acerto, todas as 13 faixas tem suas peculiaridades e são memoráveis, mesmo que apenas "Aeroplane" toque nos shows (de vez em quando). Hoje em dia algumas pessoas veem o "One Hot Minute" com um olhar mais positivo, eu o considero o clássico escondido da banda, ficando apenas atrás dos seus trabalhos perfeitos, ou quase.


Terceiro Lugar - Mother's Milk


Logo após o lançamento do Uplift Mofo Party Plan, o guitarrista e um dos fundadores da banda Hillel Slovak morreu vitima de uma overdose, triste com a sua morte o baterista Jack Irons também deixou a banda, parecia o fim do Red Hot, mas Anthony e Flea ainda queriam fazer música, e com isso eles contrataram o baterista Chad Smith e um moleque de 18 anos chamado John Frusciante para integrar a banda no próximo projeto deles, o resto é a história. Lançado em 1989 o Mother's Milk é o primeiro projeto a trazer todas as características do Red Hot, todo aquele funk rock com rap louco está por todo o álbum, e assim esse foi o primeiro álbum da banda a realmente explodir. Frusciante trouxe toda a sua melodia junto com a energia e agressividade de Anthony e Flea, e assim toda aquela mistura de estilos que você escuta no álbum foi possível. O disco mistura funk rock, com rap, punk, riffs de heavy metal e outras coisas, criando assim um estilo único, que viraria a marca registrada da banda a partir dali. Isso tudo resultou em algumas das músicas mais divertidas que a banda já fez, mostrando isso logo na faixa de inicio "Good Time Boys" com aquele riff maluco de baixo, que vai para um riff maluco de guitarra, e na metade outta nowhere muda para outras músicas como se fosse alguém mexendo em um rádio, já mostrando qual seria o espirito da banda aqui, em seguida com o maravilhoso cover de "Higher Ground" de Stevie Wonder, que não seria o único cover do álbum, com eles também fazendo um para "Fire do Jimi Hendrix", trazendo uma originalidade única para as duas. O álbum também traz todo aquele humor que o Red Hot é conhecido, com músicas como "Sexy Mexican Maid", "Johnny, Kick A Hole In The Sky" e "Punk Rock Classic" que tem direito até a banda parodiando o riff de "Sweet Child O' Mine", tocando ele desafinado de propósito. Mother's Milk é o primeiro álbum feito pela formação que nós todos amamos e respeitamos, ele não é perfeito, mas é quase, e por ser o primeiro passo para a carreira lendária e por toda a sua importância ele merece ficar no top 3.


Segundo Lugar - Californication


Após o lançamento do One Hot Minute o guitarrista Dave Navarro foi demitido porque também era um drogado do caralho, mas antes dele sair ele disse que o único guitarrista que poderia levar a banda novamente para o mainstream depois do OHM era o Frusciante, e ele estava certo, a banda trouxe o reabilitado John de volta e assim eles fizeram um clássico, tanto para o mainstream quanto para os fãs da banda. O álbum ainda tem todo o sarcasmo, referências a sexo e animação ilimitada do grupo, mas tudo isso é misturado com músicas melódicas, espirituais, com letras reflexivas, sendo para mim o trabalho em que o grupo conseguiu juntar melhor o seu lado funk tock e o seu lado alternativo pop. Apesar do Rick Rubin produzir todos o álbuns do grupo do Blood Magik até o I'm With You, eu acho que esse é o único álbum que você consegue sentir a produção dele no álbum, o que sempre é um ponto positivo. O Anthony disse que o que ele queria na escrita desse álbum era contar histórias sobre almas errantes que se perderam na busca do sonho Americano, e é bem essa a vibe do álbum mesmo, você se sente acompanhando esses garotos perdidos e malucos pela jornada deles por uma Califórnia distópica, o que é muito foda. O disco tem 5 singles e todos eles foram um sucesso na época e continuam sendo até hoje, não é muito difícil você ver "Scar Tissue", "Around The World" ou "Otherside" tocando em algum lugar, e o que dizer da faixa título que é provavelmente uma das 3 mais conhecidas da banda, até quem não sabe quem são os Red Hot Chili Peppers já ouviu "Californication" alguma vez, ou viu o "clipe do videogame que parecia GTA". O disco não apenas trouxe o Red Hot de volta para o Mainstream como ditou todo o estilo que a banda teria nos anos 2000, sendo até hoje seu álbum mais vendido. Com 15 faixas sensacionais, muitas até esquecidas no meio de tanto hit (porque ninguém fala de "Easily"), o álbum de Funk Pop do grupo é sem dúvida um clássico do rock, só não é o maior clássico deles. 


Primeiro Lugar - Blood Sugar Sex Magik


Porque o maior é obviamente o quinto álbum deles, lançado em 1991, o lendário Blood Sugar Sex Magik. Esse disco é a maior mistura de porradaria, loucura desenfreada, aleatoriedade, sexo, humor, e vulnerabilidade que a banda já fez, sendo o trabalho que representa tudo que a banda é a na sua essência, inclusive no título, afinal o que é o Red Hot Chili Peppers se não uma mistura de sangue, açúcar, sexo, e mágika. Diferente do Californication em que algumas músicas ficaram ofuscadas pelas mais famosas, o Blood Sugar é quase um "Best Hits" da banda do inicio ao final, todas as músicas são conhecidas em um certo nível e a banda podia tocar o álbum inteiro do começo ao final nos seus shows e todos saberiam as letras e não reclamariam. Clássicos do funk rock estão aqui como "Give It Away", "Funky Monks", "Suck My Kiss", "Sir Psycho Sexy" dentre muitas outras. Mas o disco também tem espaço para momentos mais melódicos como "Breaking The Girl" que falava sobre os relacionamentos do Anthony, "My Lovely Man" que é uma faixa em homenagem ao guitarrista fundador da banda Slovak, e claro "Under The Bridge" que é a música mais conhecida da banda, se tornando uma faixa atemporal, sendo reconhecida no mundo inteiro, e como uma música consegue ser tão triste e ao mesmo tempo tão bonita??? segundo o Frusciante quando ele leu a letra pela primeira vez ele construiu o rif para soar um pouco mais feliz para fazer contraste com ela, e para mim esse é o ponto chave que explica o pôrque da popularidade dessa música ser tão grande, as letras sinceras do Anthony junto com a guitarra do Frusciante, fazendo uma combinação perfeita. Não só esse álbum tem as músicas mais famosas da banda como as frases normalmente ligadas a eles, "meu nome é paz essa é minha hora, posso ter um pouco de poder?", e os refrões mais contagiantes que a banda já fez. Blood Sugar Sex Magik é a festa californiana mais louca que você vai encontrar, não é só o maior álbum do Red Hot Chili Peppers, mas o maior álbum de funk rock que já foi feito, e um dos melhores álbuns dos anos 90.


E esse é o meu ranking dos álbuns do Red Hot, eu iria fazer ele no ano passado porque tinha boatos que eles iriam lançar um novo álbum, e ai eu queria postar perto do lançamento, mas acabou não rolando álbum, mas agora o Frusciante fez seu terceiro return a banda, então vamos ver se os caras se empolgam para voltar ao estúdio. Qualquer dia eu volto com outro artigo, até lá fique com esse top 10 de músicas do Red Hot Chili Peppers que eu fiz.


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