Queria ser uma dessas pessoas que escreve algo antes da crítica que resume a crítica toda e assim ninguém precisa ler.
Normalmente eu costumo fazer criticas de 1 tweet para álbuns atuais que eu ouço mas esse álbum tem tantas camadas e pontos importantes que eu resolvi escrever uma coisa completa aqui pro blog de música.
O álbum KOD, o quinto de J. Cole, fala sobre vícios, de todos eles, desde os vícios em drogas e álcool como também vicio na internet, vicio em dinheiro e essas coisas mundanas, e a coisa legal do álbum é que ele analisa esse assunto de todas as perspectivas possíveis, uma das melhores músicas do álbum por exemplo é "Once An Addict" onde ele fala do alcoolismo da sua mãe e reflete como aquilo afetou ele mesmo e se ele poderia ter feito algo para interferir no vicio dela. Também tem as músicas sobre vicio em primeira pessoa com um personagem do álbum chamado "Kill Edward" que é uma pessoa que usa drogas constantemente para enfrentar os problemas da sua vida, e ao mesmo tempo ele não julga ninguém que faz isso, como ele mesmo diz na introdução do álbum "a vida pode trazer muita dor, existem muitas maneiras de lidar com essa dor, escolha sabiamente".
Sobre a parte que eu não gostei do álbum: o Delivery do J. Cole, alias esse é um problema que eu tenho com ele desde sempre, o jeito que ele entrega suas rimas é muito monótono e quase sempre igual, isso muitas vezes entedia quem esta escutando não importa o quão boas as letras são. Eu vi muita gente elogiando o flow dele também falando que ele variou muito mas eu particularmente não achei, não é o mesmo flow o álbum todo obviamente mas poucas vezes ele varia o flow na mesma música, o que mais uma vez cai no negócio do Delivery chato dele. As batidas são bem old schools estilo "Nova York anos 90" e eu particularmente amo isso mas para quem curte esses raps mais atuais com produções mais arrojadas as batidas podem te cansar em algum momento do disco.
E fazendo um paragrafo apenas para falar daquela faixa, sim aquela, "1985 (Intro To The Fall Off)" onde ele não só responde o Lil Pump como todos os "Lil's" atuais do RAP. Muita gente falou que ele devia chegar mais agressivo e realmente atacar o garoto Esketit, mas eu acho que ele fez a coisa certa em se colocar como o mais maduro da situação e praticamente dizer "eu não vou ficar aqui discutindo com um muleke de dread rosa", e foi a faixa perfeita para fechar o álbum com a última linha perfeita também com ele dizendo que em 5 anos a maioria deles estaria no Love & Hip Hop (um reality show do VH1 para onde os rappers esquecidos costumam ir parar) NIGGA.
Quando eu ouvi KOD pela primeira vez eu pensei "nossa que álbum chato", ai eu ouvi a segunda e pensei "nossa que letras e reflexões que eu não tinha notado da primeira vez", ai eu ouvi uma terceira vez e falei "nossa, isso é genial", então eu comparo não só esse álbum como o J. Cole em si com uma daqueles filmes cults do Stanley Kubrick, a primeira vez parece tudo uma merda e aos poucos você vai entendo a genialidade da coisa toda. Talvez o álbum não vá trazer muitos fãs novos para o Cole mas com certeza vai agradar os que ele tem e no final de tudo ele passou a "mensagem".
Eu não conseguiria dar uma nota para um álbum tão complexo então aqui vai uma gif representando a minha reação com esse álbum:
Não manjo do que seja flow, e delivere eu entendi que é tipo fosse um riff no rap, mas falando sobre a temática do álbum achei bem foda a ideia de falar dos vícios atuais, e também bem pessoal com a parte da mãe dela e que ele diz que as drogas eram uma fuga para as dores da vida.
ResponderExcluirE curti mais ainda por ele shootar esse cara que eu não conheço mas odeio só por usar dread rosa.
Flow é como vc encaixa a sua voz na batida, Delivery é basicamente a emoção que vc coloca na voz, se for uma música romântica vc não pode ter uma voz agressiva, o J. Cole normalmente tem o mesmo jeito monótono de rimar, mesmo que a música exija mais intensidade e isso me incomoda um pouco.
ExcluirÉ UMA OBRIGAÇÃO DE TODO CIDADÃO DE BEM ODIAR AQUELE FILHO DA PUTA DE DREAD ROSA.