É Top 9 mesmo, porque eu sou tão edgy e cool que eu faço tops com números impares e incompletos para parecer ainda mais descolado do que já sou, enfim é o que o título diz, são os nove álbuns que eu achei mais fodas nesse ano.
9.Papa Roach - Croocked Teeth
O Croocked Teeth é basicamente o que o álbum do Linkin park devia ter sido mais não foi, eles pegaram os elementos que fizeram eles serem famosos como uma banda de Nu metal dos anos 2000 e pegaram um pouco da sonoridade mais nova da banda e conseguiram assim fazer um disco que agradou todo mundo, desde os fãs novos até os antigos e a critica especializada também, claro que o álbum tem seus defeitos também como a música com o Machine Gun Kelly (que destrói tudo que toca), e a música com a Skylar Gray, não entendo essa necessidade de fazer essas músicas lentas com mulheres no refrão que toda banda desse gênero faz agora mas no geral é um trabalho muito bom. Os grandes destaques são: HELP, Croocked Teeth, My Medication e Born For Greatness
8.Queens Of The Stone Age - Villains
Eu não conheço o suficiente do QOTSA para ter ouvido os outros álbuns e saber qual foi a melhor fase da banda, eu só conheço os maiores hits que todo mundo conhece, eu ouvi esse álbum por acaso e me surpreendi com a qualidade dele. Acho que o maior ponto positivo do disco é que ele não se leva a sério, ele não ta tentando ser a melhor coisa do ano nem nada, são apenas nove músicas pra você dançar sozinho no seu quarto que nem um retardado, o álbum não se compromete em ser o melhor da banda nem em ser algo atemporal e acho que isso foi o que fez esse disco ser tão leve de se escutar. No fim são uns hits dançantes com um pouco de punk rock em algumas músicas, os destaques são: Head Like a Haunted House, Domesticated Animals, Villains Of Circumstance e The Way You Used To Do.
7.Prophets Of Rage - Prophets Of Rage
Em 2016 Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos para a surpresa do mundo todo, no mesmo ano um supergrupo se uniu para destruir o presidente da única maneira que um presidente pode ser destruído, com música, se uniram Tom Morello, Brad Wilk e Tim Commeford do Rage Against The Machine e Audioslave, DJ Lord e Chuck D do Public Enemy e B-Real do Cypress Hill para formar o Prophets Of Rage, e esse ano eles lançaram seu álbum de mesmo nome. Se tem uma coisa que eu adorei em 2017 foram músicas xingando o Donald Trump, e o álbum dos Prophets basicamente é isso, é um Rage (hã? hã?) contra os Estados Unidos e sua politica atual, falando desde racismo, até criticas ao capitalismo desenfreado do país (COMUNISTA!!!). Muito da sonoridade do disco remete ao auge do Rage Against The Machine e os caras conseguiram mesclar rap com rock de forma que poucos conseguem atualmente, até porque eles são a velha guarda do estilo e no fim entregaram um disco fechadinho com a famigerada critica social foda, só faltou o Zack nos vocais né. Os destaques são: Unfuck The World, Legalize Me, Who Owns Who e Living On The 110.
6.Baco Exu Do Blues - Esú
Esse cara prometeu o ano lírico e pelo menos por parte dele foi isso que ele entregou no melhor álbum de rap nacional desse ano e na minha opinião o melhor álbum brasileiro de 2017. O disco tem todo o tom polêmico que o rapper já tinha usado quando explodiu com o Sulicidio e mostra isso logo na capa, e ao mesmo tempo tem uma coisa mais pessoal dele, com ele se questionando em várias faixas e mostrando que no fim ele é só um humano, ao mesmo tempo tem ele comemorando todas as suas conquistas no rap até aqui, fazendo toda aquela ligação entre Deus e humano que os rappers adoram fazer e ele fez muito bem no álbum. Outro ponto positivo é todo o tom "Nordeste" que o disco tem do começo até o final, com vários samples de músicas baianas e africanas e que realmente mostra que Baco esta la para honrar o lugar da onde ele veio e por a sua região em evidencia no rap como ele já havia falado desde o começo, pra mim um dos melhores discos dessa nova geração do rap nacional batendo muito de frente com o "Castelos e Ruínas" do BK do ano passado. Os destaques são: Abre Caminho, Oração a Vitória, Capitães de Areia, En Tu Mira (interlúdio Esú) e Te Amo Disgraça que é a melhor Love Song EVEEEEEEEEEER.
5.Joey Bada$$ - All Amerikkkan Bada$$
Sabe o que os Prophets Of Rage fizeram no disco deles? então, o Joey Bada$$ fez melhor, o rapper é uma das maiores promessas do gênero e depois de um grande primeiro álbum que a critica amou ele fez um segundo esse ano muito mais maduro, nada de falar de mulheres, riquezas e drogas, apenas o seu sentimento para com o seu país. Basta ver a música "Yo Dont Love me?" onde aparentemente ele esta cantando para uma mulher, mas no final ele esta perguntando para a América porque ela não ama ele e você vera todo o tom do disco, inclusive esse vídeo aqui faz uma analise sensacional dele. Joey abraça um lado nessa grande discussão politica que esta acontecendo nos Estados Unidos e se coloca como uma figura social para o povo dele, entendendo a necessidade de fazer isso mais do que futilidades no rap, e o grande ponto positivo pra mim é a maneira como ele faz suas criticas, usando metáforas e não apenas xingando aleatoriamente (embora ele meta um "fuck Donald Trump" em uma música) e assim fazendo sua mensagem ser muito mais rica e consequentemente muito mais válida que as outras. Minha única critica é a música "Devasted" que é um trap single que não tem nada a ver com o resto do álbum e fica completamente deslocado dele e de sua mensagem. Os destaques são: Good Morning Amerikkka, Land Of Free, Ring The Alarm, Yo Don't Love Me? e Rockabye Baby.
4.Eminem - Revival
Eu tava muito hypado quando foi anunciado que o Eminem estava preparando um novo álbum, e quem não estava? estamos falando de um dos maiores lirícistas de todos os tempos e o fucking Rap God, ai veio aquela primeira música com a Beyoncé que foi uma merda e minha expectativa diminuiu um pouco, mas tudo bem, talvez fosse só um dos pop hits do álbum o resto deve ser bom, ai veio "Untouchable" e eu já fiquei "pronto o disco todo vai ser o Eminem pagando de justiceiro social", ai veio a tracklist com todas aquelas colaborações pops e minhas expectativa foi la para baixo, então eu ouvi o álbum quando lançou... e eu realmente não devia ter duvidado da capacidade do Eminem. O disco é simplesmente incrível, o flow do Eminem sempre me impressiona, os beats estão ótimos (e olha que ele andava escolhendo beats bem mal) os samples de rock ficaram sensacionais e pra mim foi um disco mais completo que o seu anterior. No disco o artista foca em temas que sempre focou (seu relacionamento com sua filha etc.) e ainda faz umas criticas sociais que encaixam bem no cd, por exemplo o Untouchable que eu odiei de primeira fez sentido dentro do contexto do álbum, e as colaborações que pareciam horríveis ficaram muito boas, principalmente a com Ed Sheeran que é uma das melhores músicas do Revival. Os destaques são: River (a com o Ed Sheeran), Like Home (com Alicia Keys), Bad Husband, Remind Me, Castle e Arose.
3.Wolf Alice - Visions Of A Life
Esse álbum é sarcástico, agressivo, noventista, grunge, alternativo, indie e punk tudo ao mesmo tempo. Eu não faço a minima ideia de como eu conheci a banda Wolf Alice mas lembro de ter me apaixonado pela música "Yuk Foo" deles e quando eu descobriu que ela fazia parte de um álbum que ainda seria lançado esse ano eu disse pra mim mesmo que tinha que ouvir e valeu muito a pena conhecer mais do grupo britânico. Eu não sou muito fã de música indie mas essa banda casa tão bem a sonoridade desse gênero junto com um grunge que faz parecer que os anos 90 vão voltar a cada segundo que você escuta. O disco oscila entre músicas calmas e românticas, agressivas e rebeldes, tem até uma faixa mais acústica e uma com uma pegada mais folk, fazendo o grupo mesclar tudo para fazer uma sonoridade única, a voz da vocalista é incrível e o resto da banda acompanha muito bem deixando você interessado pela banda por todas as 12 músicas. No fim "Visions Of A Life" é uma viagem incrível de se escutar e uma das melhores coisas que o gênero do Rock como um todo produziu nos últimos anos. Os destaques são: Beautifully Unconventional, Don't Delete The Kisses, Formidable Cool, Sadboy, St. Purple & Green e claro Yuk Foo.
2.Jay Z - 4:44
Eu perdi completamente o lançamento desse álbum, tanto é que eu me assustei quando vi as indicações dele do Grammy, "como assim o Jay Z lançou álbum esse ano?" e ainda assim eu fiquei bem desconfiado da qualidade do álbum pelo fato de quase tudo que o Jay Z lançou de 2010 pra cá ser uma porcaria, mas quem diria que esse ia ser um dos melhores trabalhos do rapper. Aqui Jay Z faz um disco auto critico onde ele fala sobre seu próprio ego, falando sobre seus erros nos últimos anos, sobre sua família e claro sobre ser um dos poucos representantes do rap dos anos 90 que ainda esta vivo e um dos maiores nomes da cultura negra dessa geração como um exemplo de um negro bem sucedido, além de claro racismo e outras coisas. A única coisa que eu não curti muito foi toda aquela história dele com a Beyoncé que ninguém aguenta mais, mas a gente entende que ainda precisava do lado dele de toda essa história e na música 4:44 ele realmente reconhece seus erros como homem. O maior trunfo desse trabalho é Jay Z estar acompanhando essa nova geração que fala sobre seus sentimentos, erros e acertos e menos sobre ostentar jóias e coisas do gênero como ele costumava fazer, além de ai ele fazer alguns dos melhores versos da sua carreira, mostrando que ainda é o The Only rapper to rewrite history without a pen que a gente ama. Os samples foram escolhidos muito bem, pra mim inclusive foram os melhores de um cd de rap em 2017 e o álbum não tem nenhum "hit" mas tem uma história sólida e bem estruturada que merece a indicação do Grammy para álbum do ano. Os destaques são: Kill Jay Z, Family Feud, 4:44, Legacy e The Story Of OJ.
1.Kendrick Lamar - DAMN.
É claro que seria ele, o terceiro clássico do maior artista vivo, nada mais do que a obra prima chamada DAMN de Kendrick Lamar. Não tem muito o que eu possa falar desse álbum que não seja que ele é perfeito, as músicas são incríveis de qualquer ponto que você olhe, a produção é sensacional, as letras do Kendrick são como de costume incríveis, seu flow é o melhor que se tem atualmente e o jeito que ele faz música é simplesmente único, tanto que se você pegar o good kidd Maad City, o To Pimp a Butterfly e esse nem parecem do mesmo artista de tão diversificados que eles são, e os três são excelentes só mostrando o quanto Kendrick é um artista versátil dentro desse estilo chamado rap. Ouvindo o disco da pra ver que o rapper simplesmente parece ter pensado em cada silaba, cada virada de batida, cada sample, cada critica, até as músicas feitas apenas para compor o resto do álbum são perfeitas e seriam a melhor música em qualquer outro álbum de outro rapper. Nesse disco Lamar não conta uma história mas rima sobre suas filosofias, medos, e a responsabilidade de ser o cara tido por todos como a salvação da rap e representar o gênero o que ele faz de maneira magistral, ainda tem aquela coisa da velhinha cega que pede ajuda para ele na primeira música e então no final ele rebobina o disco inteiro e volta para essa primeira "cena" nos deixando com toda uma reflexão. Em um mundo onde lançar hits e conseguir números e vendas é a prioridade número 1 de 99% dos artistas existe um que trabalha em um projeto completo, esse é ninguém menos que o maior músico da atualidade e na minha opinião um dos 5 melhores rappers de todos os tempos já trilhando o seu caminho para chegar em primeiro. Destaques: O álbum inteiro mano, o cara fez o U2 ficar bom vai logo escutar/re-escutar essa porra.
Comentários
Postar um comentário